terça-feira, 22 de maio de 2012















 

O princípio da educação a distância é o amor por ela...

Por isso compartilho com todos vocês esse amor.
Maria Nazaré.

" Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Junto com a erradicação da miséria, será prioridade do meu governo a luta pela qualidade da educação, da saúde e da segurança.

(...)para que nossos jovens recebam uma formação educacional e profissional de qualidade.

Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens.

Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento. "
Compreender o papel do aluno na modalidade EaD é focar a figura do aluno que utiliza outros mecanismos de aprendizagem, sobretudo muita leitura e diálogo (pessoalmente ou virtual) com colegas de turmas e tutores. Além disto, pode-se compreendê-lo como um eterno pesquisador, o protagonista de seu fazer-aprendizado. As compreensões elaboradas das teorias – formas de ser analisar e descrever um objeto de pesquisa – demanda dedicação e relação entre o que se lê, o que se processamento mental e a possibilidade de se dar a compreensão de acordo com vivências adquiridas.

Para tanto, se faz necessária a produção da escrita. A leitura e a escrita devem ser realizadas numa perspectiva crítica, superando os medos e as dificuldades inerentes ao processo – principalmente no que se refere à mecanismos virtuais que nem todos dominam. Atrela-se ainda o posicionamento pessoal, enquanto aprendiz e produtor de seu conhecimento, de suas pesquisas.

Percebo que muitos estudantes não desenvolvem o hábito da leitura e da pesquisa como construção do conhecimento, satisfazendo-se com meras aulas expositivas – onde teorias, muitas vezes, são expostas de formas sectárias e, por isso, absolutistas. Tal postura, talvez possa justificar a existência de um discurso etnocêntrico da educação presencial em detrimento da formação acadêmica na modalidade de EaD, uma vez que muitos de seus críticos não são apegados à leitura e ao produzir.

Por outro lado, é interessante ver que muitas pessoas que após se posicionarem enquanto estudantes na modalidade EaD, desenvolvem o hábito pela leitura, e a fazem de forma prazerosa. De fato, acredito que cursos nessa modalidade não comportam alunos indecisos, que não conhecem a si mesmos e nem sabem qual trajetória acadêmica e profissional almejavam. Entendo que somente após saber o que se quer é possível estabelecer mecanismos com foco nestes objetivos, razão pela qual, muitos alunos de cursos nessa modalidade abandonam-nos, pelo fato de não se adaptarem ao ritmo constante de muita leitura e de auto-organização para tanto.

A meu ver, o objetivo da formação na modalidade EaD é a busca, a priori, individualizada do aluno em se posicionar enquanto estudante nessa modalidade e a partir disso, construir seu processo de aprendizagem. Isto significa a realização de leituras e escritas individualizadas num primeiro passo, para a posteriori, haver o diálogo em espaços virtuais com seus pares e tutores, onde o objeto analisado possa ser explorado em suas diversas facetas.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Precisamos reinventar a forma de ensinar e aprender, presencial e virtualmente, diante de tantas mudanças na sociedade e no mundo do trabalho. Os modelos tradicionais são cada vez mais inadequados. Educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade. Temos feito apenas adaptações, pequenas mudanças. Agora, na escola e no trabalho, podemos aprender continuamente, de forma flexível, reunidos numa sala ou distantes geograficamente, mas conectados através de redes.

O presencial se virtualiza e a distância se presencializa. Os encontros em um mesmo espaço físico se combinam com os encontros virtuais, a distância, através da Internet. E a educação a distância cada vez aproxima mais as pessoas, pelas conexões on-line, em tempo real, que permite que professores e alunos falem entre si e possam formar pequenas comunidades de aprendizagem.

A educação presencial e a distância começam a ser fortemente modificadas e todos nós, organizações, professores e alunos somos desafiados a encontrar novos modelos para novas situações. Ensinar e aprender, hoje, não se limita ao trabalho dentro da sala de aula. Implica em modificar o que fazemos dentro e fora dela, no presencial e no virtual, organizar ações de pesquisa e de comunicação que possibilitem continuar aprendendo em ambientes virtuais, acessando páginas na Internet, pesquisando textos, recebendo e enviando novas mensagens, discutindo questões em fóruns ou em salas de aula virtuais, divulgando pesquisas e projetos.

Quando alunos e professores estão conectados, surgem novas oportunidades de interação, antes simplesmente impensáveis. O que vale a pena fazer quando estamos em sala de aula e quando estamos só conectados? Como combinar, integrar, gerenciar a interação presencial e a virtual? Como "dar aula" quando os alunos estão distantes geograficamente e podem estar conectados virtualmente?

A Internet abre um horizonte inimaginável de opções para implementação de cursos à distância e de flexibilização dos presenciais. Pelo desenvolvimento da rede é possível disponibilizar, pesquisar e organizar em uma página WEB conteúdos, interligados por palavras-chave, links, sons e imagens e utilizar ferramentas de colaboração como correio eletrônico, fóruns de discussão e outras mídias que favorecem a construção de comunidades virtuais de aprendizagem.

Temos poucos profissionais capacitados para preparar e gerenciar cursos flexíveis semipresenciais e de educação a distância. É uma área de grande futuro, mas ainda estamos aprendendo fazendo, experimentando, pesquisando.

Gestão inovadora de cursos a distância

A educação a distância está evoluindo rapidamente no Brasil. As tecnologias telemáticas permitem uma rápida comunicação entre professores e alunos, na escola e no trabalho. A Lei de Diretrizes e Bases legitimou a educação a distância, ao conferir-lhe valor legal equivalente ao dos cursos presenciais. Nestes próximos anos vivenciaremos aproximações significativas entre o presencial e a distância. Teremos uma flexibilização maior de modelos de cursos, de ambientes de aprendizagem, semi-presencial ou a distância.

O conceito de Educação a Distância está mudando rapidamente. De cursos por correspondência ou somente baseados em textos estamos começando a organizar processos de aprendizagem com forte apoio da Internet, de interação mais constante. As grandes universidades ainda não entraram para valer em EAD. Estão começando a oferecer alguns cursos, mas o foco principal continua sendo o atendimento aos alunos regulares presenciais. O grande problema dos cursos a distância é a ênfase no conteúdo e muito menor na interação. O grande desafio é transformar o espaço virtual em um ambiente rico de aprendizagem, que ultrapasse a relação texto e exercícios.

O desafio inovador em EAD é superar o "conteudismo" e criar ambientes ricos de aprendizagem. As grandes universidades são importantes não somente pelo acontece nas salas de aula, mas também pelas inúmeras possibilidades de aprendizagem em grupos de pesquisa, eventos, congressos, laboratórios, bibliotecas, conversas ocasionais em espaços diferentes. A educação a distância será importante quando ofereça essas inúmeras possibilidades de aprendizagem simultaneamente, quando houver atividades diversificadas e eletivas num curso e quando superarmos a programação rígida de leitura e atividades fixas que a caracterizam até o presente momento.
Estamos aprendendo, fazendo. Os modelos de educação tradicional e de EAD não nos servem mais. Por isso é importante experimentar algo novo em cada semestre. Fazer as experiências possíveis nas nossas condições concretas. Perguntar-nos no começo de cada semestre: "O que estou fazendo de diferente neste curso? O que vou propor e avaliar de forma inovadora?" Assim, pouco a pouco iremos avançando e mudando.

Podemos começar pelo mais simples na utilização de novas tecnologias e ir assumindo atividades mais complexas. Começar pelo que conhecemos melhor, pelo que nos é familiar e de fácil execução e avançar em propostas mais ousadas, difíceis, não utilizadas antes. Experimentar, avaliar e experimentar novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e necessárias.

Vivemos um período de grandes desafios no ensino focado na aprendizagem. Podemos encontrar novos caminhos de integração do humano e do tecnológico; do racional, sensorial, emocional e do ético; integração do presencial e do virtual; da escola, do trabalho e da vida.